Redes sociais como ferramenta pedagógica, você já pensou nisso? - Série Teorias de Aprendizagem
- Karen Carvalho
- 4 de mai. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 21 de jul. de 2021
Você já ouviu falar sobre o Conectivismo?
É uma teoria de aprendizagem proposta por George Siemens e Stephen Downes, e foi apresentada em 2006.
O princípio básico do conectivismo é que não precisamos ter as respostas de todas as perguntas dentro de nós, mas que o conhecimento pode estar fora do ser humano. O mais importante é saber onde e como buscar as respostas corretas, para isso, a tecnologia é uma grande aliada.
A ideia é que a partir das redes sociais que criamos podemos aprender com o compartilhamento de experiências e vivências de outras pessoas.
Mas calma!
Não estamos falando aqui diretamente de Facebook, Instagram e Tik Tok.
Mas sim das conexões realmente significativas que fazemos on-line ou não.
Os autores consideram a educação não formal (os cursos livres que encontramos por aí) de extrema importância, pois é um meio para construirmos essas relações. Como principal exemplo, Downes cita os MOOCs (Massive Open Online Courses).
Mas você deve estar se perguntando: mas e aí, a prática de sala de aula? Como acontece?
Bom, fazendo conexões!
E essa fase de ensino remoto que estamos vivendo pode proporcionar a aplicação desses conceitos.
Vou contar uma experiência que tive lá em 2014, quando o Facebook ainda era habitado pelos jovens 😅
Eu trabalhava com o Ensino Médio Inovador, então a interdisciplinaridade era regra. Desenvolvemos um projeto interdisciplinar, onde os alunos precisavam criar páginas no Facebook com informações sobre o tema dos trabalhos em grupo.
O objetivo era disseminar informações relevantes e confiáveis sobre saúde e bem-estar.
Não preciso nem dizer que foi super interessante.
Todo conteúdo postado era previamente aprovado pelo professor orientador, pois havia a preocupação sobre o que seria compartilhado.
Os alunos apareciam com informações que nos surpreendiam, a pesquisa foi realmente a fundo e eles se dedicaram muito.
E eu sei que você deve estar se perguntando: Mas Karen, e a segurança?
Com esse trabalho pudemos ensinar para eles que as redes sociais podem ser muito mais do que postar o dia a dia e qualquer besteira, mas que podemos alcançar um público com informações importantes e relevantes.
Todos os alunos eram maiores de 13 anos, idade mínima para usar a rede social, e os tempos eram outros.
Atualmente, existem possibilidades para criarmos redes fechadas para o compartilhamento dessas informações somente para a turma, e posterior postagem pelo perfil oficial da instituição.
Um exemplo que trago hoje para os usuários do Microsoft 365 é o Yammer, uma rede social corporativa, onde somente pessoas da sua instituição podem acessar com sua conta corporativa. Óbvio que tem tutorial, né ;)
Confere aí:
Me conta aí, você já usou alguma rede social com suas turmas?
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