É possível inserir programação na minha disciplina? Série Teorias de Aprendizagem - Construtivismo
- Karen Carvalho
- 30 de abr. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 21 de jul. de 2021
Hoje a teoria vem diretamente da calçada da fama pedagógica, afinal, o grande nome do construtivismo é Jean Piaget. Quem nunca ouviu falar sobre ele na faculdade que atire a primeira pedra.
O construtivismo tem como base a construção de novos conhecimentos a partir de conhecimentos prévios e novas situações. Ou seja, a formação de um novo conhecimento se dá por meio da assimilação de algo já conhecido. Nesse processo, o aluno é o construtor do seu conhecimento e precisa ser um agente ativo. O famoso PROTAGONISTA (calma, não estamos falando de BBB).

Uma das grandes contribuições da tecnologia para essa teoria foi criada por
Seymour Papert, a linguagem de programação LOGO, que usava conceitos da inteligência artificial - isso lá em 1980 - onde era possível inserir comandos a partir do seu software que seriam executados pelo personagem, a tartaruga LOGO. Foi muito usado por professores de matemática no estudo de geometria.
Hoje existem propostas similares como Scratch, MakeCode e LEGO, esse último que vocês acompanharam e muito por aqui no ano passado.
Ahh e não podemos esquecer do Minecraft Education tbm...
Mas você acha que é possível incluir programação e pensamento computacional nas aulas da SUA disciplina?
A resposta correta é SIM.
E hoje te apresento duas ideias para inclusão de programação, pensamento computacional e robótica em suas aulas, independente da sua disciplina.
A primeira é a criação de um Quiz utilizando o Scratch. Se você não sabe do que estou falando, Scratch é uma linguagem de programação desenvolvida pelo MIT para auxiliar no ensino de programação para crianças.
Existem duas versões, o Scratch, para crianças acima de 7 anos, e o Scratch Jr, para crianças até 7 anos.
A ideia é que os próprios alunos construam seus quizzes, desde a programação, escolha dos personagens, até a elaboração das questões. Portanto, você poderá aproveitar independente da disciplina que lecionar.
Outra aplicação seria a criação do jogo pelo próprio professor, criando uma experiência super personalizada.
Essa atividade já foi testada por mim por três anos consecutivos com turmas de 5º ano, e foi sucesso!
Então confere aí o passo a passo:
Outra forma, e agora um plano voltado para Ciências/ Geografia, é a utilização do LEGO SPIKE Prime, um kit de robótica desenvolvido pela LEGO para o ensino de robótica.
Com ele é possível criar diversos robôs, e dentre eles, um que mostra a intensidade do vento de acordo com a previsão do tempo da sua região.
Diferente do Scratch, o SPIKE precisa ser adquirido pela sua escola para que você possa realizar o projeto, e a ideia central é a inclusão de práticas STEM (Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática) com a montagem do robô físico e sua programação.
Busca-se desenvolvendo habilidades como o trabalho em equipe e criatividade, uma vez que os projetos são desenvolvidos em grupos (não é necessário um kit para cada aluno).
Então confere aí o plano de aula:
Me responde aí, é possível incluir pensamento computacional e programação em suas aulas???
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